A bordo da embarcação Granma, com outros 82 guerrilheiros a bordo, Ernesto Che Guevara chegou a 2 de Dezembro de 1956 à praia cubana de Las Coloradas. Passariam mais de dois anos até que conseguisse, com Fidel Castro, derrubar a ditadura de Fulgencio Batista. Durante esses dias, enquanto pegava em armas e liderava a revolução na Sierra Maestra, foi tomando notas, escrevendo testemunhos e memórias de um momento histórico.
Essas notas foram hoje publicadas em Cuba, no “Diário de um Combatente”. Foi esta a homenagem de Cuba a El Che.
Ao longo de 303 páginas, que culminam com o triunfo da luta armada a 1 de Janeiro de 1959, “todos os acontecimentos são narrados por aquele que foi um dos seus grandes protagonistas.”
“O testemunho humano de grande valor que resulta da leitura deste livro permite conhecer as percepções de Che sobre a realidade da ilha de Cuba, a sua cultura, identidade e contexto político”, adiantou a editora no texto de apresentação do livro.
Che Guevara tinha 28 anos quando desembarcou em Cuba para derrubar o regime de Fulgencio Batista – nasceu em Rosario, na Argentina, a 14 de Junho de 1928. E a revolução começou no mesmo ano em que conheceu Fidel Castro, de cujo Governo veio a ser ministro da Indústria, tendo depois assumido a liderança do Banco Nacional de Cuba.
Foi a luta armada na Sierra Maestra que inspirou o seu manual “Guerra de Guerrilha”, publicado em 1960, e “Passagens da Guerra Revolucionária” (1963). Em 1965 deixou Cuba e partiu para o então Congo belga (actual República Democrática do Congo), mas voltaria depois a Cuba antes de ir para a Bolívia, onde foi detido e depois assassinado aos 39 anos por um militar boliviano, a 9 de Outubro de 1967, quando comandava um grupo de guerrilheiros. Está sepultado em Santa Clara, a cerca de 280 quilómetros de Havana, num memorial de homenagem aos guerrilheiros da revolução cubana.
Há 14 horas
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