Violência sobre as mulheres em pleno século XXI

Hoje comemora-se o dia internacional da eliminação da violência sobre as mulheres.

É triste como em pleno século XXI, este dia continua a fazer tanto sentido. Por este mundo fora o ser humano vivencia diariamente, diversificadas formas de violência de acordo com as culturas, religiões ou comunidades onde se inserem e estas são tão variadas como intensas.

Ouvi num daqueles programas noticioso que entram pelas nossas casas a dentro que o número de mulheres mortas pelos seus companheiros ou familiares, em sua casa, em situações quotidianas e muito humilhantes aumentou significativamente.

Ouvi também que a estas mulheres, de quem a sociedade já se habituou a ouvir falar, se juntam diariamente crianças, idosos e homens. Retive acima de tudo um dado que me entristece particularmente - aquele problema de que se ouve falar há tantos anos das mulheres terem medo de denunciar situações que vivem afinal parece  ter uma razão de ser, a sociedade não está preparada para proteger acolher e garantir estabilidade física, psíquica e emocional a uma mulher que denuncie e muitos são os casos em que mulheres que denunciam numa primeira fase recuam imediatamente a seguir, porque voltam para a mesma casa, as mesmas rotinas e o mesmo agressor….

Este pensamento ficou latente durante todo o dia partilho-o agora convosco, na certeza de que não ficaremos de braços cruzados a assistir a estas situações.

Direitos das Crianças .... num território sem tréguas!

Numa altura em que se comemoram os 50 anos da Convenção dos Direitos das Crianças, deixo-vos um video sobre crianças palestinanas,  vitimas, levadas às familias, brutalmente assassinadas. Crianças que se transformam em guerrilheiros para defender as proprias vidas e que israel prende e tortura como se fossem terroristas. Crianças, apenas crianças que não conhecem esta convenção mas o dia a dia de viver aprisionadas por detrás do muro da desgraça, da morte e da segregação. Estas crianças eu homenageio na semana em que se comemoram os 50 da convenção dos direitos das crianças, como verdadeiras heroinas por se manterem vivas.

Pensamento do dia

 

"Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor."

                                    William Shakespeare

Os velhos amigos de sempre!

Se para alguns este comportamento foi supresa para outros, nos quais me incluo o mesmo já era expectável.

Durante os ultimos meses, arrisco até dizer durante o ultimo ano ouvimos o PSD criticar ao lado dos professores o sistema de avaliação imposto pelo governo do PS. Nos ultimos meses, durante a campanha eleitoral,  ouvimos até este mesmo PSD afrmar que se fosse governo suspenderia o processo de avaliação dos professores. Muitos terão sido os professores, que nas ultimas legislativas votaram no PSD, aquele partido que propunha valorizar os professores e suspender de imediato a avaliação logo que tomasse posse.

Pois é, felizmente para o país estes senhores não ganharam as eleições, apesar de que o partido que ganhou põe, consecutivamente, em prática aquelas políticas que alguns de nós, os que acreditam na democracia, apenas esperariamos de partidos de direita.

E eis que de repente, como se a história não se tivesse escrito, como se este livro da politica estivesse cheio de páginas em branco aquele que se diz o partido lider da oposição - vulgo PSD se esquece do que prometeu, se esquece daquilo que defendeu no ultimo mandato e veementemente frente às camaras de televisão durante os meses de campanha eleitoral.

E num acto ilusionista  tira da cartola uma nova formula mágica para resolver a violenta injustiça de que estão a ser vitimas os professores, e diz ao país e aos professores que agora já não quer suspender a avaliação. Porque afinal esta até nem é assim tão má, porque afinal é preciso é reformula-la e porque afinal, acrescento eu, já não estamos em campanha eleitoral e que se lixem os professores.... Pois é meus senhores, acabou a campanha vamos lá mostrar aquilo que realmente defendemos, pois os votos de muitos professores já cá cantam...e a avaliação afinal agora de repente deve continuar.

Surpreendente pensam uns obviamente pensarão outros. Mas a coisa não se fica por aqui, porque agora, quem viabiliza esta proposta do PSD é nada mais nada menos do que o seu grande amigo do peito, aquele que não abdicava da avaliação, da divisão da carreira docente e do ataque permanente à dignidade dos professores, o velho PS de sempre.

Pois é as cadeiras rodaram, sentaram-se lá os mesmos de sempre, amigos, cumplices e com o objectivo comum de lixar a vida a quem trabalha, mantendo inabaláveis os seus salários e as suas dignissimas posições sociais.

Claro está que depois há aqueles que trabalham, que defendem verdadeiramente os professores, que estão ao seu lado nas ruas, que defendem negociações com os sindicatos, que querem realmente alterar esta situação, mas em quem muitos professores tiveram medo de votar, lembrando um fantasma do passado e sem pensarem como o seu futuro podia ser melhor, claro está que vos falo do PCP. E para que não haja margem para dúvidas deixo-vos aqui a posição assumida antes  e depois das eleições.

Porque os resultados eleitorais não falam mais alto que os direitos dos trabalhadores aqueles que os defendem, defendem-nos sempre, sem demagogias e sem olhar à oportunidade, e porque neste caso defendem não só a suspensão da avaliação dos professores, como também o fim do estatuto da carreira docente, agora como no passado continuarão a lutar para que este objectivo de 120 mil professores se torne uma realidade.

Frases do Dia

"Na sexualidade o que é importante não é despirmo-nos por fora, mas sim despirmo-nos por dentro..."

"A sexualidade para  muitos casais é quase como o Imposto de Valor Acrescentado do casamento..."

Eduardo Sá

As disfunções sexuais da sociedade

Hoje quando regressava a casa observei um outdoor que me fez pensar um pouco sobre um assunto que normalmente não faz parte das minhas preocupações.
No cartaz, em letras garrafais dizia algo como 1,2,3 fim à ejaculação precoce.
De repente fui assolada por um pensamento. Ora se normalmente este tipo de cartazes pretende chegar às massas... haverá assim uma quantidade tão grande de homens a quem este cartaz se dirija?! quando cheguei a casa decidi ler um pouco mais sobre isto e descobri que cerca de 40% dos homens sofre deste problema.
Depois dei comigo a pensar que de facto há vários anuncios na tv que se dirigem aos homens referindo-se aos seus problemas sexuais, lembrei-me também dos anuncios sobre a impotência. Não tendo encontrado dados percentuais sobre este ultimo caso continuei a interrogar me porque raio se procupa tanto a sociedade com os problemas sexuais dos homens. Perguntei-me ainda o que leva a que um tão grande número de homens sofra de disfunções sexuais. Claro que a resposta mais obvia seria a culpa é .... pois mais uma vez a culpa morre solteira. Solteira e infeliz, pois a coisa acabou por não se concretizar.

Reparei então nas variadissímas sugestões que se encontram on line para resolver estes e outros problemas do mesmo tipo. Passo a Citar: Pau de cabinda, gajas boas, sexo diário, enfim um rol de soluções, até existe mesmo um site - sexoforte.com , do qual as pessoas se fazem membros e recebem sugestões para resolver as suas "disfunções sexuais".
Claro que chamar a um site destes sexo forte é sem dúvida irónico mas ok quem sou eu para me pronunciar acerca disto?
Aquilo que me chateia mesmo é pensar que provavelmente exsitirão também mulheres com problemas semelhantes e nunca me lembro de ver nenhum cartaz a falar disso ou mesmo um anuncio de televisão que se referisse aos orgasmos multiplos ou à ausência deles, mas enfim... continuamos a viver numa sociedade machista onde o sexo (cada vez menos)  forte monopoliza tudo, até os problemas sexuais... LOLL
Por mim  não há qualquer problema aceito perfeitamente que neste caso concreto o género masculino esteja percentualmente muito à frente do género feminino. Afinal não pode ser tudo mau.E como mulher até fico feliz por neste caso não fazer parte das estatísticas.

Enquanto chove...

Enquanto a chuva cai lá fora

Oiço as gotas baterem no vidro.

O vento é forte

e sopra como se tivesse pulmões gigantes.

Por detrás do vidro

Olho a rua,

Vejo um dia cinzento, triste, melancólico

A chuva não me lava a alma, não me purifica,

tem um efeito contraditório

irrita-me ou tranquiliza-me...

Enquanto a oiço cair lá fora

penso no mais belo sorriso

penso num rosto feliz 

com a capacidade de fazer sorrir os outros

enquanto a chuva caí lá fora 

penso em ti.

Penso na capacidade que tens ser feliz

penso na forma autêntica como te dás

penso que quando a chuva parar virá o sol

Enquanto chove lá fora

fico confortável e inquieta...

sinto falta dos teus braços

a envolverem o meu corpo,

sinto falta do teu respirar

da tua força
enquanto o vento sopra e agita as árvores

penso que o amanhã tarda em chegar

mas que depois da tempestade vem sempre a bonança.

"...às vezes temos de nos perder para nos voltarmos a encontrar..."

Em busca do eu desconhecido

Começo hoje uma nova caminhada.
Começo hoje uma série de muitas aventuras à descoberta de mim, daquilo que sou daquilo que sinto, daquilo que me define como pessoa.
Ao longo dos últimos dias tenho-me sentido ausente... e não, os cogumelos nada têm a ver com isto..lolol
Tenho me questionado muitas vezes sobre as mais variadas coisas e tem-me acontecido nos ultimos tempos uma coisa que jamais esperei.. não encontro respostas.
Eu que constantemente sou acusada pelos meus amigos e pelos inimigos também de ter sempre resposta para tudo, sinto agora uma grande ausência não só de respostas como de sensações, de sentimentos, de vida...
Normalmente não é minha caracteristica ficar a ver vida passar mas neste momento, decidi descobrir o meu verdeiro eu.
Que poético... pensam vocês, mas não, é mesmo verdade decidi realmente conhecer-me melhor. Por isso se nos próximos tempos não me virem tanto, ou não virem aquela que conhecem não estranhem, estou num período de introspecção, fechei para balanço e não tenho previsão para voltar a abrir, enquanto não descobrir os cantos e recantos da minha pessoa. Acho que em determinada altura todos na vida deviamos passar por um processo destes...há quem me diga que é uma crise de meia idade... que é o peso da responsabilidade ou a incerteza do futuro, se calhar é isso tudo ou parte, ou então não é nada disto é apenas um daqueles momentos em que parei, para ouvir e olhar por mim e para mim.